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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os lagos da Condessa d’Edla ao fim da tarde

Referimos ontem a recuperação das canalizações em volta do Chalet da Condessa, que permite ver de novo os pequenos lagos transbordando de água límpida (muitos, nós próprios incluídos, nunca tal tinham visto). Aqui estão eles, quase gémeos, o primeiro a norte do Chalet, o segundo a sul (um terceiro irmão mais sombrio, também a norte, recusou mostrar-se apresentável à nossa objectiva). Para já, estas águas vivas aliviam a desolação deste lado do Parque.



Na encosta poente do Chá, ou seja, uma boa centena e meia de metros a sul do Chalet, cintilam outros dois lagos mais selvagens – o segundo pouco mais que um tanque rochoso – a pouca distância um do outro. Aqui estavam perdidos num mato denso de pitósporos e acácias (que adoram estas paragens e já despontam de novo). Agora, após os cortes que alteraram tão dramaticamente o ambiente da Tapada, estes lagos de novo cheios são uma descoberta reconfortante, à luz do fim da tarde.


domingo, 12 de julho de 2009

Visitando a Condessa d’Edla


No fim do inverno passado, quando descíamos a devastada Estrada dos Capuchos, passando junto da entrada do Chalet da Condessa, deparámos com o novo portão luzidio aberto e decidimos entrar. Na parede do novo edifício aí construído estava, e continua a estar, um painel que identifica, em grandes manchas sobre uma planta, os limites das obras que já decorrem ou que se preparam (clique e amplie):


Fomos interpelados por um senhor que educadamente nos informou que aquela parte do parque estava fechada e que não podíamos estar ali. No entanto, porque do nosso lado havia óbvia curiosidade sobre o que se estava a passar e porque do outro lado havia um grande vontade de mostrar o que se passava, tivemos uma curta visita guiada ao novo edifício e à envolvente do Chalet, com uma descrição entusiasta do que já estava feito e do que faltava fazer, desde detalhes do processo de recuperação de materiais e técnicas construtivas até aos resultados da recuperação das redes de canalização que alimentam os lagos daquela parte do Parque. Tratava-se, fomos sabendo, do arquitecto responsável pela reconstrução do Chalet, que tinha acabado de conduzir a visita dos responsáveis pelas petrocoroas norueguesas que pagam, numa parte que não deve ser pequena, esta obra complexa. Disponível (estava-se bem dentro da hora de almoço) e desinteressado, oferecia-nos agora uma segunda visita.

A reconstrução de edifícios e infra-estruturas parece ser, talvez, a parte mais unanimemente bem sucedida da actuação da Parques de Sintra, ainda que o prazo avançado pelo arquitecto para a conclusão do Chalet (ainda este ano) não pareça fácil concretizar a quem hoje, em Julho, observe o estado da obra: a casca envolta em andaimes não parece muito diferente do que era há quatro meses. Em todo o caso, estamos à espera de resultados para aplaudir:


O abandonado jardim à volta não parece ter ainda sofrido alterações de vulto, para alem dos cortes que, em qualquer caso, não lhe melhoraram o aspecto. Ao longo de todo, ou grande parte, do perímetro identificado como “área de intervenção” no painel de cima, está a ser construída uma vedação que promete manter toda esta área isolada durante muito tempo. Entretanto, o recato deste local desapareceu com os cortes que arrasaram a Estrada dos Capuchos. O muro da Tapada e a desolação envolvente ficam logo em frente:


Uma palavra para o novo edifício frente à ruína do antigo, como uma grande roulotte high-tech sem rodas, a que com pompa foi chamado Centro Cultural do Chalet da Condessa e que, julgávamos nós, seria provisório, apenas para apoio das obras e da sua divulgação. Talvez tenha grande utilidade, talvez seja o mais discreto e menos intrusivo que poderia ser, mas o melhor que dele podemos dizer é que seriamos mais felizes se não existisse:


Enfim, no seu estado actual, a melhor imagem que se recolhe neste recanto ocidental da Tapada da Pena obtém-se do alto das “Pedras do Chalet” para nascente, olhando para bem longe do estaleiro: