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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Os Plátanos do Largo do Morais


Depois de vinte anos deixados a viver normalmente, os plátanos do Largo do Morais voltaram a ser brutalmente cortados. Este facto, acrescido de uma troca de palavras com um funcionário dos serviços do ambiente, na qual este defendeu qualquer coisa como o extermínio dos plátanos (não sabemos se só aqueles, se todos os de Sintra, se os plátanos enquanto espécie), levou-nos a colocar uma mensagem no Árvores de Portugal, que vos convidamos a ler.

segunda-feira, 1 de março de 2010

«P» de Podar?


Os plátanos da Rua Consiglieri Pedroso, entre o Turismo e o Hotel Lawrence’s, estão entre as árvores marcantes do centro da Vila de Sintra. São 7, embora de um deles apenas reste um tronco moribundo que já devia ter sido substituído por um novo exemplar. Nos restantes 6 apareceu, pintada com tinta amarela, a letra P. Tememos estar na véspera de mais um episódio de destruição a que por cá se chama poda e pedimos por escrito à CMS informação sobre o assunto. Aguardamos uma resposta.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Os Plátanos Secretos de Monserrate


Saindo dos caminhos aconselhados ao visitante, para fora do mapa do Parque de Monserrate, há um belo platanal (podemos chamar-lhe assim?) pouco conhecido. Há que seguir a ribeira que corre pela cascata e pelos lagos e atravessar a paisagem dos trópicos a que chamam “México”. Após uma mancha de bosque setentrional mais denso, o chão alarga-se sob um céu de altas abóbadas de plátanos.

Estas árvores atarefadas, que se despem apressadamente para o seu sono de beleza, não parecem estar habituadas a receber visitas e têm-se dado bem assim. Se nos portarmos bem, talvez nos permitam permanecer uns momentos em sossego sobre a folhagem caída, quietos, evitando perturbar a vida e morte rápida dos cogumelos, enquanto contamos com respeito os minutos decrescentes para o Inverno.



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Descintrificação (II)


A fotografia da esquerda foi tirada na Primavera, para ilustrar a decadência da arborização pública de Sintra: um alinhamento que em tempos fora de oito lódãos estava reduzido a cinco. Marcados no chão estavam os vestígios dos exemplares erradicados e nunca substituídos, enquanto a árvore morta em primeiro plano aguardava em silêncio que a levassem dali. Seis meses passados, o novo retrato à direita mostra que os cinco lódãos se tornaram agora apenas três. Receamos que rapidamente estes três se tornem nenhum e que esta rua passe a depender apenas das plantações privadas atrás dos muros em volta para não se tornar inóspita.

O verde mágico de Sintra deve muito à casas e quintas particulares que o cultivam, mas o espaço público, em particular os seus arruamentos arborizados, também são responsáveis por uma parte importante deste seu carácter. É evidente, no entanto, uma degradação progressiva que se exibe quer nas podas violentas (que referimos aqui, aqui ou aqui), quer nas mortes prematuras a que os maus tratos conduzem, quer na pura eliminação seguida de calcetamento rápido, ao jeito de encobrimento das provas de um crime. Os observadores atentos podem contar muitos casos de árvores desaparecidas e muito poucos de árvores de novo plantadas nas ruas desta vila.

Vejam-se estas duas imagens, da Rua D. João de Castro:




Nesta troço da rua em tempos arborizado alguém decidiu que os plátanos não devem ter copas, que as suas raízes devem ser amorosamente agasalhadas sob cimento e alcatrão e que nos céus devem reinar, em vez de ramos e folhas, fios eléctricos e telefónicos (ao centro, compondo a vista, um choupo privado decepado já pela segunda vez este ano). Que o fundo verde da fotografia não nos iluda: caso a atitude presente em primeiro plano se propague, rapidamente toda a encosta se assemelhará a um desses bairros calvos de moradias que cresceram ilegalmente à volta de Lisboa, aqui apenas com arquitectura mais sofisticada.

Porém, se nos deslocarmos alguns metros nesta rua para norte, ainda podemos deixar-nos consolar pelas últimas folhas das tílias que aqui a ladeiam. São sobreviventes de antigas mutilações severas que, nos últimos anos, têm sido misericordiosamente deixadas em paz. Suspiramos por uma rua assim ao longo de toda a sua extensão e por muitas ruas como esta onde hoje apenas há asfalto com calçada e cotos de árvores cortadas.

domingo, 30 de agosto de 2009

Quarenta anos


Este mundo (e este blogue) divide-se entre os incondicionais da Primavera-Verão e os apaixonados pelo Outono. Pois bem, a segunda metade de Agosto é uma época alarmante para os primeiros e cheia de excitação para os segundos. Bem pode apertar o calor e a cidade continuar vazia de nativos e transbordar de turistas. Não bastava a evidência dos crepúsculos a apressarem-se, o chão também se vai cobrindo de folhas que parecem outonais, mesmo que as árvores sejam ainda árvores de Verão, com um ou outro traço dourado que tentam disfarçar.

Ainda temos muitos bons dias pela frente – com sorte, bem por Novembro dentro – mas estas folhas caídas garantem-nos que são dias contados e que os dias de Inverno acabarão por chegar. São dias que as pessoas de juízo não desperdiçam e que fazem da segunda metade de Agosto os quarenta anos do ano.

Se os serviços municipais de limpeza tiverem a gentileza de desleixar um pouco o seu trabalho, muitas ruas e caminhos de Sintra já podem exibir estes amarelos velhos sob as tílias, estes cobres sob os plátanos e estas duplas faces cremosas encarnadas sob os áceres.




Por fim, farta de melancolia, abordou-nos uma gata segura da sua superioridade face a quaisquer detritos de tília, fazendo justiça ao exibicionismo da sua espécie e exigindo ser admirada no mundo virtual.

sábado, 9 de maio de 2009

Sombras decapitadas

Voltamos às “podas”. Como nos recorda o Paulo em comentário no amor e outros desastres, as sombras que no verão refrescavam as ruas em volta da estação de Sintra desapareceram e deram lugar a mais uma deprimente e incompreensível colecção de cotos:




Por outro lado, a consequência imediata e visível de podas que ocorreram na Portela começa a poder ser confirmada, com os tufos de nova folhagem dos choupos negros a rebentar desesperadamente onde quer que possam, em busca de alimento, tendo por resultado seres enfraquecidos, disformes e desproporcionados:


Entretanto, ao mesmo tempo que deparámos com mais uma onda de devastação praticada neste concelho – "Massacre em Queluz", onde a última imagem é da destruição de um grupo magnífico de tipuanas, uma espécie de árvore que nunca tínhamos visto "podada"– tomámos conhecimento do ciclo de conferências que tem as Árvores por tema, acompanhado por um ciclo de formação para funcionários autárquicos. Eis as sessões que faltam (aqui, os detalhes do programa):

12 de Maio 14h00 às 17h30: “A poda das árvores ornamentais”
Dr. Francisco Coimbra (Árvores e Pessoas)

19 de Maio 14h00 às 17h30: “A importância das árvores em meio urbano”
Prof. António Fabião (Instituto Superior de Agronomia)

2 de Junho 14h00 às 17h30: “Que árvores para Sintra?”
Dr. Luís Pedrosa (Instituto Superior de Agronomia)