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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fim do Dia na Calçada da Pena


Fim de um dia de Agosto no fim de Agosto, em passeio na Calçada da Pena, espreitando a Tapada dos Bichos do lado de lá dos muros.



domingo, 15 de agosto de 2010

Sol do Deserto Sobre o Mar de Sintra


Nunca por aqui tinha aparecido o mar de Sintra. Hoje aparece, embora disfarçado de marroquino. Foi num destes últimos dias de ar do deserto, um daqueles em que as poeiras encarnadas se juntaram a um céu de núvens quentes. O dia estava a acabar e estávamos no alto da Vigia...

domingo, 1 de agosto de 2010

Ar Atlântico Regressado


A Cruz Alta celebra o regresso do nevoeiro atlântico após alguns dias de penitência de ar do deserto e faz votos para que tenha sido a última deste ano de 2010.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Descubra as Diferenças (II)



E agora a parte de cima da Tapada do Inhaca, a caminho do ponto mais alto da Calçada da Pena: a vista de Inverno e vista de Verão destes áceres-que-se-fazem-passar-por-plátanos e destes carvalhos robur. Não sabemos se nos inquieta mais o contraste dos seus esqueletos iluminados contra o azul e o verde do princípio do ano, ou a selva sombria de uns meses mais tarde. Ou talvez seja do nosso estado de espírito de hoje e este seja afinal um cenário perfeito para um piquenique ingénuo e inocente em qualquer época do ano.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Descubra as Diferenças (I)



Aqui está o mesmo fragmento da Tapada do Inhaca visto da Calçada da Pena, um pouco abaixo dos portões do Parque. Primeiro visto à luz crua de um dia do fim do Inverno, depois afogado em vida em pleno Verão. Descubra as diferenças e ganhe prémios!

sábado, 3 de julho de 2010

A Pena no Verão (IIII)


Quanto à descida da Cruz Alta: quem não conheça o Parque da Pena e seja tão distraído que nem sequer repare nos mapas que distribuem à entrada corre o risco de perder o caminho discreto que desce para poente. Estes são os seus marcos principais: Pouco abaixo do topo, uma mancha mais fragosa cheia de sombra e chão calcetado de musgo e raízes, que conduz a um dos miradouros selvagens do parque. Mais abaixo, um pórtico de penedos que separa a parte escarpada do caminho da sua parte mais suave.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Pena no Verão (III)




Eis então a reportagem da subida à Cruz Alta pela estrada comum (que foi recentemente desalcatroada e calcetada com cubos de granito – desculpem-nos se deixamos das imagens da calçada em si para outro dia). Os momentos perfeitos estão a meio do caminho, entre a névoa cerrada e o céu aberto, nos locais em que o nevoeiro cede ao sol.



terça-feira, 29 de junho de 2010

A Pena no Verão (II)


Sintra e Pena envoltas em nevoeiro são um tema tão fascinante que podíamos passar o resto da vida deste blogue à volta das suas imagens. Desde as manhãs mágicas de há um ano que esperávamos o momento em que pudéssemos assistir na Cruz Alta a uma manhã de serra isolada no meio das nuvens. Os últimos dias – e o de hoje até esta hora incluído – têm sido de nevoeiro persistente. Ontem enchemo-nos de tal maneira de fotografias de subidas, picos e descidas pela névoa, que algumas delas terão de acabar aqui.

Temos também o testemunho destes muito toscos 41 segundos panorâmicos sobre o mar branco, desde o Guincho para norte, pelo Palácio da Pena diluído, até Mafra:

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Pena no Verão (I)





Hoje, enquanto Lisboa aquecia debaixo de um dia de Verão radioso, Sintra permaneceu quase todo o dia em névoa. Ao meio-dia, durante alguns minutos, o Palácio da Pena abriu-se ao sol. Mas rapidamente uma massa húmida de noroeste voltou a escondê-lo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ruína e Resgate de Monserrate


Sofremos do defeito de quem está radicado no lado oriental da Serra e se aventura pouco para ocidente: temos estado desgraçadamente ausentes dos Capuchos, da Peninha, do Cabo da Roca e de toda a costa, ou da Ribeira de Colares e do seu vale; mas hoje vamos arriscar um passo de três quilómetros para o lado do mar e mergulhar em Monserrate.

Os ciclos de ruína e resgate deste lugar são um dos traços romanescos da sua história próxima: baptismo no século XVI por uma reprodução da Nossa Senhora catalã de Montserrat; ruína ao longo do século XVIII, precipitada pelo Grande Terramoto; resgate em 1790, com a construção do primeiro palácio; abandono progressivo e ruína no século XIX; resgate em 1856, com a construção do segundo palácio sobre os destroços do primeiro; crise no século XX, com a venda do recheio e a tentativa gorada de loteamento da propriedade na década de 40; compra pelo Estado em 1949; decadência lenta e pré-ruína até à entrada do milénio; resgate do palácio e dos jardins a decorrer em 2009.

Mesmo numa época ingrata como este fim do Verão e num período de obras que revolve e atrapalha edifícios e jardins, é possível captar imagens sedutoras de Monserrate e gozar as suas vistas: um conjunto quase outonal subindo a encosta do palácio; o fundo tropical da vertente sudoeste; um enfiamento atlântico apontando o noroeste.




Ou o balcão suspenso do palácio, para uma invocação fantasiosa do cenário (um mês e algumas horas antecipado) deste poema chinês e americano:


THE JEWEL STAIRS’ GRIEVANCE

The jewelled steps are already quite white with dew,
It is so late that the dew soaks my gauze stockings,
And I let down the crystal curtain
And watch the moon through the clear autumn.

NOTE: Jewel stairs, therefore a palace. Grievance, therefore there is something to complain of. Gauze stockings, therefore a court lady, not a servant who complains. Clear autumn, therefore he has no excuse on account of weather. Also she has come early, for the dew has not merely whitened the stairs, but has soaked her stockings. The poem is especially prized because she utters no direct reproach.


Ezra Pound

Cathay
[a partir de Rihaku (Li Po)]



LAMENTAÇÃO DAS ESCADAS DE PEDRARIA: Os degraus de pedraria estão já brancos com o orvalho,/ É tão tarde que o orvalho encharca as minhas meias de gaze,/ E eu desço a cortina de cristal/ E contemplo a lua no Outono límpido.

NOTA: Escadas de pedraria, por isso um palácio. Lamentação, por isso há alguma razão de queixa. Meias de gaze, por isso uma senhora da corte, não uma criada que se queixa. Outono límpido, por isso o tempo não é desculpa para ele. Notar também que ela chegou cedo, pois o orvalho não só embranqueceu as escadas, mas também lhe encharcou as meias. O poema é especialmente apreciado por ela não proferir nenhuma censura directa.

[Tradução de Gualter Cunha na Relógio d’Água]


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Outono aproxima-se do Castanhal da Rainha


Metade dos autores deste blogue consideraram a mensagem de ontem um pouco tonta e que quem acredita em realezas encantadas não deve ser encorajado. Assim, temos hoje uma mensagem mais clássica, ainda que correndo o risco de indigestão de Castanhal da Rainha.

O fim de Verão com cara de Outono já está em cheio neste lugar. Na maior parte, é apenas a cor mais castanha pelo chão e uma folha ocasional mais amarela. Mas no lado mais selvagem do castanhal já há copas totalmente douradas, anunciando o espectáculo que se vai espalhar por todos os lugares onde existam estas árvores com folhas que caem.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

O sol aparece no Castanhal da Rainha


Deixem-nos louvar mais uma vez o insignificante Castanhal da Rainha. A mais alta montanha europeia apenas atinge a insignificante metade da mais alta montanha do mundo. A mais alta montanha portuguesa, a insignificante metade da mais alta montanha da Europa. Os 528 metros da Serra de Sintra são ridículos mesmo num país como Portugal e os 10 quilómetros da sua maior extensão desprezáveis – em passo de passeio, são apenas três horas de Santa Eufémia ao Cabo da Roca. A Pena e as tapadas anexas são só um canto oriental encolhido nesta serra diminuta, a Tapada do Inhaca só uma fracção pequena de todas as tapadas e o Castanhal da Rainha apenas um metro débil nesta tapada, dividido entre os dois pobres palmos planos a poente e outro tanto na vertente nascente. Os seus castanheiros nem sequer são especialmente antigos – mas toda a Pena, com o seu século e meio, é bastante juvenil para o padrão de muitas das suas espécies.

Neste insignificante canto do mundo, durante uns curtos minutos de sorte, assiste-se à dissolução da névoa matinal pelo sol e à aparição de mais um dia de Verão.



domingo, 30 de agosto de 2009

Quarenta anos


Este mundo (e este blogue) divide-se entre os incondicionais da Primavera-Verão e os apaixonados pelo Outono. Pois bem, a segunda metade de Agosto é uma época alarmante para os primeiros e cheia de excitação para os segundos. Bem pode apertar o calor e a cidade continuar vazia de nativos e transbordar de turistas. Não bastava a evidência dos crepúsculos a apressarem-se, o chão também se vai cobrindo de folhas que parecem outonais, mesmo que as árvores sejam ainda árvores de Verão, com um ou outro traço dourado que tentam disfarçar.

Ainda temos muitos bons dias pela frente – com sorte, bem por Novembro dentro – mas estas folhas caídas garantem-nos que são dias contados e que os dias de Inverno acabarão por chegar. São dias que as pessoas de juízo não desperdiçam e que fazem da segunda metade de Agosto os quarenta anos do ano.

Se os serviços municipais de limpeza tiverem a gentileza de desleixar um pouco o seu trabalho, muitas ruas e caminhos de Sintra já podem exibir estes amarelos velhos sob as tílias, estes cobres sob os plátanos e estas duplas faces cremosas encarnadas sob os áceres.




Por fim, farta de melancolia, abordou-nos uma gata segura da sua superioridade face a quaisquer detritos de tília, fazendo justiça ao exibicionismo da sua espécie e exigindo ser admirada no mundo virtual.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Morcegos, morcegos

Imagem em Wikipedia

Quis o acaso que, após o Nosferatu, tivéssemos deparado com esta inspirada fotografia, no Beijo da Terra, sobre morcegos. Sublinha a notícia do Diário Digital onde, por sua vez, se relata a descoberta de uma colónia rara destes animais de nome eufónico numa mina de água da Regaleira. Há já algum tempo que procurávamos uma maneira de referir uma das estranhezas do princípio das noites de Verão. Temo-la encontrado em lugares pouco iluminados, no sopé da Calçada da Pena, por exemplo, ou entre o Miradouro da Vigia e o Caminho da Alba Longa, mas é decerto comum em milhares de outros lugares. O crepúsculo acorda estes voadores desvairados de expressão curiosa (ou assustadora) e lança-os em voo rasante sobre os caminhantes, dando por findo mais um passeio de fim de tarde.

Morcegos (do tipo assustador) foram o tema perfeito de dois poemas, inquietantes e algo sintrenses, que admiramos:

*

Não são as andorinhas, as que voltam
pois em Setembro desejam outros desejos.
Quando escurece a tarde já não amam
o enigma que em Junho contemplavam.

Esta dança de sombras é mais rápida,
em imperfeitos círculos e curvas.
Um voo alvoroçado ou insano,
o voo impiedoso dos morcegos.

*

O TÚNEL DA QUIMERA

Atravessar o túnel verde
onde se abriga o morcego
das feridas do dia.
Súbitos hiatos nas copas
tornam a estrada incerta.
Ora sombra ora lua,
um bosque rarefeito.
Pensar que ainda caminho
nos tempos da quimera,
não por estradas secas
mas por canais de ruído
das mil folhas silentes.
O morcego doendo-se
bem o vejo, tarde adiante
a perpassar sobre mim.
Os seus olhos são chagas
que não suportam a vida.


Fiama Hasse Pais Brandão,
Cenas Vivas

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Clima de Sintra

Tarde de verão tradicional: a Pena vista do Miradouro da Vigia


Afirmar que se adora Sintra acrescentando que em Sintra se adoraria viver não fosse pelo clima é uma declaração de amor disparatada – como adorar leite-creme não fosse o açúcar queimado, ou adorar ir ao cinema não fosse ter medo do escuro. Não é maneira de se adorar cinema, nem leite-creme, nem Sintra. No entanto, sintrenses que contactem habitualmente com não-sintrenses sabem da semi-ignorância a respeito deste clima em que até os nossos vizinhos próximos vagueiam.

Que sintrense não ouviu já, num dia de frio intenso de inverno, um lisboeta-central tiritante procurar consolá-lo do enregelamento radical em que imagina que nós passamos os nossos invernos? E que sintrense não conhece o olhar desconfiado com que lhe ripostam, quando garantimos que no tempo mais frio não há grandes diferenças entre os termómetros de lá e cá? E depois, o olhar incrédulo-invejoso de quando afirmamos que tardes sufocantes de 36 graus no Chiado são geralmente (como hoje) tardes amenas de 27 ao cruzar o Ramalhão e descer de Chão de Meninos?

Sim, o nosso pacote de verão inclui ar atlântico em quase permanência e nuvens recorrentes sobre a Serra, aí humedecendo as tardes. Com o inverno suave e a chuva anual – essa sim, bem acima da caída em volta do estuário – permite-se que viva e prospere a nossa fabulosa vegetação. Junto a uma primavera que não gosta de se apressar e a um outono que não gosta de se atrasar, admitimos que não é clima para todos os gostos. Mas não há maneira de conceber uma Sintra que se possa amar separada do seu clima particular.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Desmentido oficial


Quem disse que não havia jacarandás em Sintra? Aqui fica o desmentido dessa notícia falsa e a sua prova fotográfica. Os proprietários da Quinta da Penalva, em São Pedro, têm a gentileza de manter portões por onde se pode espreitar e entre cujas barras cabem objectivas digitais. E deixam estas flores tardias permanecer caídas sob a copa, depois das chuvas pesadas de domingo, formando um lago lilás.

domingo, 28 de junho de 2009

Açores em Sintra

Acordámos com uma manhã açoriana. O anticiclone parece estar com dificuldades de afirmação e, por isso, nada de calor confortável, céu azul e nortada à tarde. Há uma semana, secura africana. Hoje, é como se fossemos a décima ilha do arquipélago, que é coisa que achamos que não nos fica nada mal. Vinte graus, humidade elevada, cheiro a verão molhado e vapores que se soltam de todo o lado. Outubro costuma ter alguns dias assim, mas uma oportunidade destas à beira de Julho também sabe bem. E depois, há o sol a despontar na encosta do Castelo, num intervalo entre chuvadas.




quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sem motivo


Pelo menos, sem outro motivo que não seja mostrar o encoberto Castelo dos Mouros, visto a partir de uma clareira recente da Tapada dos Bichos, num dos nossos típicos fins de tarde de verão.