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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fim do Dia na Calçada da Pena


Fim de um dia de Agosto no fim de Agosto, em passeio na Calçada da Pena, espreitando a Tapada dos Bichos do lado de lá dos muros.



quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Serra em Abril



Para nós, a melhor vista sobre o extremo da Serra que culmina no Castelo é esta: da Rua das Murtas, perto do pôr do sol, em Abril (mas Novembro é um forte concorrente), com o Parque da Liberdade em primeiro plano.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mário de Sá-Carneiro em Sintra

... sob os ciprestes do alto do Parque de Monserrate, quando o dia acaba:


*

Melodias portuguesas, trigueiras de aventura
- céu limpo; fim de tarde...
- Ó ranchos de amorosos que eu não verei nunca...
suavidade... suavidade...

..................................................

Rios dóceis, ao luar, de águas cristalinas para lagoas azuis.
Clareiras relvadas nas florestas serenas...
Nostalgias e rezas - enleios, beijos perdidos, mãos dadas.
Cantares de ternura que o sol abençoa num enlevo acendrado, latejantes de róseos, transparentes em loiro...


Mário de Sá-Carneiro

Do "Álbum" de Missal de Trovas (1914)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sintra no Buçaco (I)


Se decidíssemos iniciar um grupo de mensagens sobre lugares aparentados com Sintra – a Sintra da serra oriental e do Parque da Pena – teríamos de escolher o seu gémeo Buçaco antes de qualquer outro. Também é uma floresta mágica cercada por um muro, deliberadamente construída no alto de uma montanha, recebendo ares atlânticos que a enevoam. Ambas culminam numa Cruz Alta que por pouco não se levantam exactamente à mesma altura, e as áreas por que se estendem são comparáveis. O Buçaco nasceu dois séculos mais cedo, a partir da fixação dos Carmelitas Descalços, enquanto que a Pena, apesar dos Jerónimos que nela se instalaram – um século antes dos Carmelitas no Buçaco – deve-se realmente a D. Fernando II.

Em ambos os casos, os edifícios originais das ordens religiosas foram absorvidos por delirante arquitectura oitocentista que adoramos sem condições. Mas ao longo de todo o século XX – com ecos mesmo nos nossos dias – o violento preconceito moderno que despreza a arte do século XIX foi, na melhor das hipóteses, condescendente. Assim, no Guia de Portugal reeditado pela Gulbenkian, o Palácio da Pena «não se distingue pelos primores da arquitectura e a harmonia do conjunto», «os viajantes de gosto mais educado e exigente vêem nele um pretensioso mistifório de todos os estilos» e «apenas se salvam do desprezo algumas partes do antigo mosteiro e a sua situação maravilhosa». Quanto ao Buçaco, diverte-nos muito ler «interessante como fantasia cenográfica, o palácio, à luz dos severos princípios da arquitectura, rigorosamente considerado, carece de originalidade, de precisão e de gosto»!


Ambos têm um programa místico determinante, embora o de Sintra, individualista, fluido e adaptável, tal como a época que lhe deu origem, não esteja realmente expresso e necessite constante interpretação. Quem quer que conheça bem Sintra se apercebe facilmente do seu poder de atracção da espiritualidade pouco convencional. Já o programa do Buçaco está bem ancorado no catolicismo. Por um lado, a constelação centrada no convento formando o Deserto carmelita, em representação do Monte Carmelo da Palestina. Por outro, o Sacromonte, uma cidade de Jerusalém simbólica recriando o martírio de Cristo, reproduzindo nos meandros da mata as exactas medidas míticas dos Passos do Calvário.


Hoje, após a curta mas frenética acção da Parques de Sintra (provavelmente milionária, comparada com os recursos que imaginamos atribuídos ao Buçaco), há algo mais decadente e abandonado mas também mais selvagem e estranho na mata carmelita. Ao contrário de Sintra, as portas dos muros estão abertas, o acesso é livre a todas as horas e parece haver uma fruição popular, embora não avassaladora, de automóveis e piqueniques de fim-de-semana vindos das redondezas, ainda que tudo pareça mais modesto e recatado. Talvez seja também a maior distância dos centros geradores do grande turismo predador que contribui para lhe dar um carácter algo adormecido, comparado com uma Pena que sofre cada vez mais os malefícios da sua celebridade.



quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vista de uma só vez


A partir da área cortada, junto à Estada da Pena, poucos metros antes do cruzamento para os Capuchos, vê-se agora a Vila e o Castelo de uma só vez. O corte abominamos, a vista é bem-vinda, o tom rosado é do fim do dia.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os lagos da Condessa d’Edla ao fim da tarde

Referimos ontem a recuperação das canalizações em volta do Chalet da Condessa, que permite ver de novo os pequenos lagos transbordando de água límpida (muitos, nós próprios incluídos, nunca tal tinham visto). Aqui estão eles, quase gémeos, o primeiro a norte do Chalet, o segundo a sul (um terceiro irmão mais sombrio, também a norte, recusou mostrar-se apresentável à nossa objectiva). Para já, estas águas vivas aliviam a desolação deste lado do Parque.



Na encosta poente do Chá, ou seja, uma boa centena e meia de metros a sul do Chalet, cintilam outros dois lagos mais selvagens – o segundo pouco mais que um tanque rochoso – a pouca distância um do outro. Aqui estavam perdidos num mato denso de pitósporos e acácias (que adoram estas paragens e já despontam de novo). Agora, após os cortes que alteraram tão dramaticamente o ambiente da Tapada, estes lagos de novo cheios são uma descoberta reconfortante, à luz do fim da tarde.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Rectificação dispensável


Afinal o Carvalho Maior de ontem deve estar mais próximo dos 32 m, acabámos de verificar com maior rigor, prolonga-se ainda alguns metros para baixo da linha visível. Eis uma informação de gente minudenta e obcecada que dificilmente justifica esta mensagem. Para compensar, pode dizer-se que hoje, finda a semana de canícula, voltou a névoa de fim de tarde à Serra, e que perto do pôr-do-sol o nosso Quercus robur se mostrou mais belo do que ontem. O Palácio da Pena diluído pesa-lhe menos nas ramagens e a escuridão sob a copa acrescenta-lhe mistério.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sem motivo


Pelo menos, sem outro motivo que não seja mostrar o encoberto Castelo dos Mouros, visto a partir de uma clareira recente da Tapada dos Bichos, num dos nossos típicos fins de tarde de verão.