
Como esta fotografia demonstra, em Neuschwanstein os automóveis não estacionam debaixo do dossel da cama de Luís II da Baviera. Como sabemos, na Pena a ideia é, senão utilizar a mesa da sala de jantar para este efeito, encontrar lugares tão próximos quanto possível e apenas ligeiramente menos chocantes: por exemplo, porque não abrir uns espaços nas tapadas públicas envolventes e pôr uns milhares automóveis a cruzar a Serra até lá? Haverá porventura alguma solução melhor?
Talvez haja. Por exemplo, será que em Neuschwanstein, como na Pena, se conduz até ao alto da montanha do palácio e lá se larga o carro? Grande surpresa: não, os automóveis particulares não podem subir a Neuschwanstein. São obrigados a ficar no sopé, a cerca de dois quilómetros da entrada (a distância do Ramalhão à Pena são mil e oitocentos metros). Os parques de estacionamento distam entre cem e quinhentos metros de uma paragem onde um autocarro os transporta até perto do topo. Aí chegados, há mais seiscentos metros até à entrada. Alternativas? Carruagem puxada a cavalos (6,00 ida, 3,00 volta) ou subida a pé, em estrada onde apenas circulam as carruagens e os peões. Como em Sintra, há duas estradas que conduzem aos portões do palácio, mas numa delas não é necessário aspirar vapores petrolíferos (é verdade que em Sintra há um caminho parcialmente pedonal, via Castelo, mas demasiado violento para ser de utilização generalizada). E apesar de todas estas terríveis dificuldades de acesso, Neuschwanstein arrecada 1,3 milhões de visitantes por ano!
Querida Câmara Municipal de Sintra, querida Parques de Sintra – Monte da Lua: embirramos com as pessoas que se apequenam e babam constantemente com o que se faz e como se faz “lá fora” – gostamos de “cá dentro”, evitamos cócoras e cultivamos um certo amor próprio luso-local. Mas por esta vez, no que à mobilidade e circulação na Vila e na Serra diz respeito, por favor: façam como “lá fora”.
Talvez haja. Por exemplo, será que em Neuschwanstein, como na Pena, se conduz até ao alto da montanha do palácio e lá se larga o carro? Grande surpresa: não, os automóveis particulares não podem subir a Neuschwanstein. São obrigados a ficar no sopé, a cerca de dois quilómetros da entrada (a distância do Ramalhão à Pena são mil e oitocentos metros). Os parques de estacionamento distam entre cem e quinhentos metros de uma paragem onde um autocarro os transporta até perto do topo. Aí chegados, há mais seiscentos metros até à entrada. Alternativas? Carruagem puxada a cavalos (6,00 ida, 3,00 volta) ou subida a pé, em estrada onde apenas circulam as carruagens e os peões. Como em Sintra, há duas estradas que conduzem aos portões do palácio, mas numa delas não é necessário aspirar vapores petrolíferos (é verdade que em Sintra há um caminho parcialmente pedonal, via Castelo, mas demasiado violento para ser de utilização generalizada). E apesar de todas estas terríveis dificuldades de acesso, Neuschwanstein arrecada 1,3 milhões de visitantes por ano!
Querida Câmara Municipal de Sintra, querida Parques de Sintra – Monte da Lua: embirramos com as pessoas que se apequenam e babam constantemente com o que se faz e como se faz “lá fora” – gostamos de “cá dentro”, evitamos cócoras e cultivamos um certo amor próprio luso-local. Mas por esta vez, no que à mobilidade e circulação na Vila e na Serra diz respeito, por favor: façam como “lá fora”.