
Um dos argumentos usados para defender rolagens e podas radicais é o do conflito entre as copas das árvores e as infra-estruturas de electricidade ou telecomunicações. De facto, o conflito por vezes existe. E, apesar de não termos ouvido este argumento a propósito da recente devastação de tílias e plátanos em Sintra (aliás, não se ouviu argumento algum excepto o deplorável “é assim que fazemos todos os anos” – verdadeiro argumento de inimputável!), ele podia ter sido utilizado. É que algumas das ruas arborizadas que nesta Primavera foram vandalizadas pelas nossas autoridades locais estão pejadas de infra-estruturas aéreas.
Fios de electricidade e telefone pendurados no ar é coisa do mundo rural ou de cidades do terceiro mundo. Nos aglomerados urbanos deste lado do mundo costumam ser subterrâneos e, mesmo em Sintra – na Vila Velha ou na Portela, por exemplo – já se adoptaram essas soluções tecnologicamente sofisticadas. Será exagerado esperar que, numa vila europeia classificada como Património Mundial, se consigam fazer desaparecer de vista esses emaranhados aéreos e os postes pindéricos em que se enrodilham (como parece exagerado esperar que se cumpram os compromissos de bem cuidar da arborização pública e privada que se assumiu perante a UNESCO)?
Portanto, fica aqui mais uma sugestão ingénua à Câmara Municipal de Sintra: por favor, para além de não destruírem o património vegetal que resta nas nossas ruas (e, já agora, plantarem uma arvorezita aqui e ali, de vez em quando), ficaríamos também muito felizes se abrissem umas valas e enterrassem esses tristes cabos.
Fios de electricidade e telefone pendurados no ar é coisa do mundo rural ou de cidades do terceiro mundo. Nos aglomerados urbanos deste lado do mundo costumam ser subterrâneos e, mesmo em Sintra – na Vila Velha ou na Portela, por exemplo – já se adoptaram essas soluções tecnologicamente sofisticadas. Será exagerado esperar que, numa vila europeia classificada como Património Mundial, se consigam fazer desaparecer de vista esses emaranhados aéreos e os postes pindéricos em que se enrodilham (como parece exagerado esperar que se cumpram os compromissos de bem cuidar da arborização pública e privada que se assumiu perante a UNESCO)?
Portanto, fica aqui mais uma sugestão ingénua à Câmara Municipal de Sintra: por favor, para além de não destruírem o património vegetal que resta nas nossas ruas (e, já agora, plantarem uma arvorezita aqui e ali, de vez em quando), ficaríamos também muito felizes se abrissem umas valas e enterrassem esses tristes cabos.