quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Exército de sequóias


Há umas treze décadas que cresce em silêncio um exército alinhado de sequóias – um pequeno exército de apenas meia centena – tão próximas umas das outras que, se os seus troncos se alargassem até à dimensão máxima que nesta espécie é possível atingir, acabariam por formar uma massa una e compacta em menos de alguns pares de séculos. Para já, são apenas pequenas sequóias infantis. Se a sua longevidade fosse reduzida para proporções humanas (2000 para 80), podíamos dizer que estas sequóias podiam agora começar a aprender a ler.

Com os cortes no Parque, este exército de crianças gigantes ficou muito mais exposto, em particular para quem desça da Cruz Alta para o Lago de Cascais, onde guardam precisamente o início dessa encosta. Não é possível perdê-las: estão vestidas de armaduras rugosas avermelhadas, algumas guarnecidas de musgos e heras, e armadas de troncos nus nos níveis mais baixos, retorcidos ou espetados no ar, para protecção dos amantes deste lugar.




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