Continuemos a lamentar perdas. Pelo Natal, a partir do jardim do Miradouro da Vigia, podia ver-se a Pena atrás de uns cachos de maçãs minúsculas, um arbusto vulgar que os conhecedores de arbustos (que um dia talvez também sejamos) certamente saberão nomear. Porém, as ventanias do fim do ano quebraram o seu tronco e lançaram-no à terra. É apenas uma perda ligeira em que mal se repara, uma perda que o próprio mau tempo ordenou. Ora, se o tempo em pessoa determina que um certo arbusto de frutos alaranjados tem de ir, ainda que seja um arbusto que tão bem guarnece uma certa visão de um palácio extravagante, há que deixá-lo ir sem muitas lágrimas. Acreditemos que o tempo tem razão. Consolemo-nos por o palácio extravagante permanecer no mesmo lugar.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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Pyracantha coccinea ( esta coisa dos nomes é uma mania como outra qualquer, quando as vejo sem nome parece-me sempre que estão imcompletas).
ResponderEliminarpyra(fogo) e akanthos (espinho).
Pyracantha coccinea! Obrigado, Rosa, por um comentário que fazia muita falta; nós tentámos fazer uma graça da nossa ignorância mas a verdade é que o nome é muito importante, e que enquanto não sabemos nomear não sabemos de todo do que estamos a falar.
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