quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lagoa Azul: a visão da cascata


Que bela é a Lagoa Azul – referimo-nos, claro, à da Serra de Sintra, não à de Champagne Bay, na República de Vanuatu, que, à mistura com pedaços da Jamaica e das Ilhas Fiji, serviu de cenário ao filme The Blue Lagoon, de 1980, e que, para o mal ou para o bem, atormentou a puberdade e adolescência de muitos de nós. A bela Lagoa Azul de Sintra não tem nem a Brooke Shields nem o Christopher Atkins – embora raros sejam os dias que não tragam até às suas margens candidatos à perpetuação da sua memória e legado, dispostos, para isso, a realizarem verdadeiros castings on location.

Mas a bela Lagoa Azul de Sintra tem agora uma espécie de cascata, trazida pelas chuvas quase intermináveis deste Inverno. Para a ver em todo o seu esplendor é necessário descer um caminho íngreme e escorregadio que, barranco abaixo e lado a lado com a estrada, leva-nos até à base do paredão que segura e retém até ao limite as águas que escorrem da serra. Aí, vários metros abaixo da superfície da lagoa, das suas margens densamente arborizadas, dos seus nevoeiros e da família de patos que tranquilamente vive a sua condição de estrelas oficiais deste cenário quase paradisíaco – e que muito têm visto ao longo das suas vidas – podemos reforçar a nossa quase crença de termos penetrado num outro território e viajado para uma outra latitude.



5 comentários:

  1. que sorte que eu tenho de ser vizinha deste paraíso

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  2. Pelas indicações dadas, acho que já sei onde se situa a cascata. Tenho de lá ir ver, antes que desapareça! ;)

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  3. temos passeata, olarila! Onde se compram os bilhetes, meus senhores? ;-)

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  4. Que delícia de local e de post.
    Subscrevo o comentário imediatamente acima ;-).

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  5. Viver próximo da Lagoa Azul será um caso de sorte mas também de bom senso ou de bom gosto. Uma coisa é certa: em qualquer das hipóteses é um incentivo à inveja alheia… Quanto à efémera cascata merece, de facto, uma visita. Aliás, toda a Lagoa, suas imediações e caminhos. Temos que combinar, caríssimas io e antuérpia.

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