Onde estávamos nós com a cabeça? Queríamos ter celebrado pontualmente o nosso primeiro aniversário (este blogue foi iniciado no dia 25 de Março de há um ano), mas parece que teremos de nos guardar para o segundo, que felizmente é só daqui a 363 dias.
Vamos ao que interessa: o Palácio da Ajuda sobrevive um pouco decadente num recanto condizente da cidade. Embalados pela recente distinção recebida por Lisboa – a de Melhor Destino Europeu, na qual os votantes que a elegeram se afirmam extasiados com a sua “autenticidade” e “genuinidade” – subimos a calçada desleixada e atravessámos os fragmentos descosidos de cidade até ao grande edifício fanado e para sempre inacabado, repetindo para nós próprios que tudo aquilo era realmente autêntico e genuíno.
Visitámos, uma a uma, as salas visitáveis do palácio, coisa sobre a qual não nos podemos deter muito tempo – não nos queremos afastar muito dos temas sintrenses e correr o risco de expulsão da comunidade de blogues temáticos que têm Sintra por tema.
Enfim, sintrómanos inveterados como somos, uma visão súbita acelerou-nos o coração e aqueceu-nos o sangue: aproximando-nos do vão que separa a Sala de Mármore da Sala Rosa, deparámos com esta pintura na almofada da porta, implorando pelo clique furtivo de um telemóvel. Deve ter sido pintada por altura da ocupação da Ajuda por D. Luis I, nos anos 60 do século XIX. Pareceu-nos não só que tínhamos de a trazer para aqui, como também que era uma forma possível de comemoração atrasada: eis uma Pena um pouco tenebrosa enfeitiçando o Palácio da Ajuda, gravada na almofada da porta de uma pequena sala desse palácio que D. Fernando II detestou.
Vamos ao que interessa: o Palácio da Ajuda sobrevive um pouco decadente num recanto condizente da cidade. Embalados pela recente distinção recebida por Lisboa – a de Melhor Destino Europeu, na qual os votantes que a elegeram se afirmam extasiados com a sua “autenticidade” e “genuinidade” – subimos a calçada desleixada e atravessámos os fragmentos descosidos de cidade até ao grande edifício fanado e para sempre inacabado, repetindo para nós próprios que tudo aquilo era realmente autêntico e genuíno.
Visitámos, uma a uma, as salas visitáveis do palácio, coisa sobre a qual não nos podemos deter muito tempo – não nos queremos afastar muito dos temas sintrenses e correr o risco de expulsão da comunidade de blogues temáticos que têm Sintra por tema.
Enfim, sintrómanos inveterados como somos, uma visão súbita acelerou-nos o coração e aqueceu-nos o sangue: aproximando-nos do vão que separa a Sala de Mármore da Sala Rosa, deparámos com esta pintura na almofada da porta, implorando pelo clique furtivo de um telemóvel. Deve ter sido pintada por altura da ocupação da Ajuda por D. Luis I, nos anos 60 do século XIX. Pareceu-nos não só que tínhamos de a trazer para aqui, como também que era uma forma possível de comemoração atrasada: eis uma Pena um pouco tenebrosa enfeitiçando o Palácio da Ajuda, gravada na almofada da porta de uma pequena sala desse palácio que D. Fernando II detestou.
