terça-feira, 7 de abril de 2009

Uma floresta de tabuletas


Em plena floresta de Sintra uma outra espécie de floresta cresceu de forma selvagem em pleno cruzamento da Estrada da Pena com a Estrada dos Capuchos: placas, sinais, anúncios e avisos, num nunca mais acabar de informações, advertências e proibições.

O número absurdo de tabuletas, de todas as cores e feitios, aqui colocadas denota mais do que uma boa intenção: no seu frenesim informativo, diferentes entidades públicas, pouco dadas a cooperação, planeamento e bom senso, violaram todas as regras básicas da comunicação visual, da correcta gestão do espaço público e do respeito pelos valores estéticos do contexto.

Se não fosse grave e lamentável seria pedagógico: um excelente exemplo daquilo que não deve ser feito quando, numa desenfreada atitude paternalista para com transeuntes e automobilistas, se acredita que, só por si, muita informação é igual a melhor informação e, em última instância, maior conhecimento. Na verdade, o resultado é mera confusão e bastante poluição visual e, neste caso, parece não haver classificação de paisagem protegida que valha ao belo – e outrora misterioso – cruzamento da Estrada da Pena com a Estrada dos Capuchos.

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