sábado, 13 de junho de 2009

Cruz discreta


A origem do acaso que nos fez encontrar o Castanhal da Rainha foi esta cruz discreta, visível para os que olharem ao alto e à esquerda na estrada do Castelo para a Pena. Fosse pela luz adversa, pelo ângulo limitado ou pela distância, nunca conseguimos boas imagens a partir desse local. Mas se se entrar na Tapada do Inhaca e subir pelas franjas do castanhal às fragas mais altas a norte, depara-se de repente com a pequena cruz à nossa altura, iluminada por um raio de sol oportuno, sobre uma pedra musgosa de cabelo ruivo.

2 comentários:

  1. O Prof. Mário de Azevedo Gomes na sua Monografia do Parque da Pena (pág.237), referindo-se à Cruz que está colocada no sítio da Cruz Alta, escreveu:
    "De um documento que possuo (Carta da Condessa d'Edla para o Autor) conclui-se que ainda ali existia, quando da intervenção de D.Fernando, uma cruz tosca que foi então retirada e posta fora do muro no sítio onde um homem se suicidara e sendo aquela substituída por outra - a actual - que é uma cópia da Cruz pequena que está junto do Palácio".
    Sempre que olho esta cruz penso que poderá ser a tal "cruz tosca", tanto mais que não conheço outra fora do Parque. Mas, não tenho a certeza.
    Dificilmente se via da estrada porque estava rodeada de muita vegetação. Aqui, a limpeza valorizou o Lugar.
    Muito bonita a sua fotografia.
    emília reis

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  2. Essa hipótese é fascinante! Não nos lembrávamos desse comentário na Monografia e decerto quando o lemos não fizemos essa relação, já que, confessamos, apenas descobrimos esta cruz após a limpeza. Mas também é verdade que nos parece que na descrição da Tapada do Castelo dos Mouros a cruz não é referida, o que, considerando a minúcia do Prof. Azevedo Gomes, não deixa de ser estranho.
    E obrigado pelo elogio da fotografia.

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